Sastipé Cigano

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Super Orixá!?





          Você que já cansou de assistir filmes dos mesmos super heróis e deuses mitológicos, mas gosta do enredo e da historia? Ótimo a solução está aqui.
         A humanidade caminha para à auto destruição e somente um ser com poderes divinos pode salva-los... É, não estou falando de Thor, Super Homem ou mesmo de Hércules. Oya - Rise of the Superorisha ( Oya - Ascensão do Superorixá ), será o primeiro filme de super-herói africano e contará a historia de Oya, a única deusa Orixá que ainda possuí vínculos com os humanos depois que a maioria da humanidade já abandonou culto aos Orixás.
        No filme Nigeriano, a missão de Oya é encontrar uma garota capaz de abrir o portão entre os dois mundos, humanos e Orixás, para que o mundo não caia em desgraça, mas uma serie de inimigos, que usam a religião de forma deturpada, tentam interromper os planos da Guerreira.
       O filme foi lançado dia 18 de Julho nos Estados Unidos e não tem data prevista para estrear no Brasil.


Discriminação e Preconceito Estão se Tornando Cada Vez Mais Frequentes.







Os casos de discriminação e preconceito não cessam, novos casos acontecem a todo momento, principalmente quando se trata de ofensas por trás de um monitor ou celular.
            Em um perfil da Rede Social Facebook, uma garota chamada Beatriz Goulart publicou no dia 29 de Agosto, ressaltando o repudio à crianças trajadas com vertes da religião Afro.  " Não tenho nada contra a religião de ninguém, mas ao ver uma foto fiquei indignada. Incentivar e vestir uma criança, um ser tão puro a uma religião tão agressiva e sem valor algum. Não tenho nada haver com a vida de ninguém, mas isso é inaceitável, tenho pena dessa mãe que não ensina a sua filha os caminhos do senhor, pois no futuro irá se arrepender, pois só em Deus podemos confiar e ele é o único que nos protege e nos guia pelo caminho certo... Lamentável."  O assunto ganhou repercussão na rede social e nossa equipe não conseguiu localizar Beatriz pelo facebook.
            No dia 16 de junho uma menina foi atingida por uma pedra na cabeça, quando voltava do Centro Espiritualista na Vila da Penha.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Seminario Nacional de Povos de Comunidades Tradicionais de Terreiros
                 




         Dia 10 a 12 de Setembro de 2015, haverá a realização do 1° Seminario Nacional de Povos de Comunidade Tradicionais de Terreiros.
           O evento ainda não tem local definido, mas esperamos que todos os pais e mães de santo de nosso estado compareça a essa grande celebração, revela mãe Eufrazina de Iansã, coordenadora da RENAFRO.               Dentre tantos temas a serem abordados, como lgbt, jovens de terreiros, com precensa da Articulação Nacional da Juventude De Povos e Comunidades Tradicionais e tambem terá o lancemento do livro terecô de codó, uma religião a ser descoberta. Para se inscrever basta clicar no link e preencher com os dados http://www.formfacil.com/aspaja/isnpct.
     

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Salve Jorge




     Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar. Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador Diocleciano. Em 302, Diocleciano (influenciado por Galério) publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para objetar, e perante todos declarou-se cristão. Não querendo perder um de seus melhores tribunos, o imperador tentou dissuadi-lo oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os deuses romanos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor). Ícone de São Jorge, Museu Cristão-Bizantino, Atenas Brasão de Armas de Moscou, cidade que tem São Jorge como Padroeiro. Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.


 Lenda


     Baladas medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
     Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Casamento de São Jorge e Sabra
     Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
     O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Pai Joaquim de Angola...

"Mas que nego é esse, que vem chegando agora?
É Pai Joaquim, que vem lá de Angola!"

O Pai Joaquim deste Templo de Umbanda, nasceu na Senzala de Pernambuco, no ano de 1623. Foi um dos primeiros escravos a nascer em solo brasileiro e recebeu o nome de Joaquim José (em homenagem ao avô e ao pai de Jesus - que ele nem sabia quem era). Conheceu um dos primeiros líderes do Quilombo dos Palmares: Ganga Zumba, que morreu envenenado por seus opositores quilombolas. Em seguida, assumiu Zumbi, que se tornou um dos líderes mais conhecidos, porque não aceitava negociações com o governo. Palmares foi praticamente destruída em 1694. Zumbi dos Palmares foi morto degolado em 20 de novembro de 1695 por bandeirantes. (Atualmente comemora-se o Dia da Consciência Negra nessa data.)
Pai Joaquim, por viver nessa região, presenciou todos os massacres, tentou fugir algumas vezes e foi apanhado. Era amigo de Zumbi e admirava-o. Levou muitas chibatadas amarrado ao tronco. Quando não aguentou mais apanhar, desistiu de fugir. A pedido de sua mãe: "Nhá Ana" se conformou e aceitou seu jugo de escravo. Disse-lhe ela: "Meu filho, prefiro-o vivo perto de mim, do que morto e longe". Então ele ficou. Acabou morrendo antes da mãe e de seu amigo Zumbi, de febre e inflamação nos pulmões, no ano de 1687. Nhá Ana morreu em seguida, aos 96 anos.
Pai Joaquim disse que os negros que sobreviviam aos porões dos navios e às chibatas, tornavam-se fortes e resistentes e por isso viviam muito. Os Senhores Feudais os alimentavam de sobras dos animais (patas, orelhas, tripas, etc), mas eram justamente as partes com maior quantidade de proteínas. Eles também sabiam curar suas feridas com ervas e unguentos diversos. Nhá Ana tornou-se babá dos sinhozinhos da fazenda e era respeitada por eles. Joaquim conformou-se em ficar, tornou-se um líder dentro da fazenda, dirigindo os demais escravos e até ajudando-os a fugir para o Quilombo.
Quando morreu, estava em paz consigo e com sua consciência e tornou-se um mensageiro espiritual dos irmãos africanos. Atuou nas senzalas do Brasil junto ao povo de descendência yorubá (Jêje, Nagô, Ketu e Angola), aconselhando os escravos a não usarem seus conhecimentos ancestrais para a magia negra e para a vingança. Hoje atua na Umbanda servindo como "Guia Espiritual" na Falange dos pretos-velhos de Angola, porque sua mãe foi trazida para o Brasil da região do Congo-Angola na África.